quinta-feira, 2 de abril de 2009

A Perereca Doidona


Uma coisa que me fascina bastante é a cultura. Não só a nossa cultura, ou a cultura antiga: todas as culturas, incluindo a apicultura, que de tão perigosa origina o doce mel: que paradoxo! Tive o impulso de escrever ao lado que mel não é doce, mas pouca gente ia acreditar, então vou seguir o texto que me veio à cabeça após várias análises culturais de diferentes povos e épocas deste mundo encantador.

Quando a história começou, junto das primeiras civilizações, surgiram as primeiras figuras que se diferenciavam dos outros na sociedade: os sacerdotes. É... um belo dia um homem pelado com um pau na mão (eu disse um pau) resolveu dizer-se superior aos outros e cantar seus falsos dons povo à fora. Ele observou o trovão, a ventania, o fogo, a chuva e as mulheres e resolveu gritar: "EU TENHO A EXPLICAÇÃO!" Como sabemos, ele não poderia estar falando a verdade, já que ninguém até hoje conseguiu compreender direito o fenômeno das mulheres; então, como foi que as pessoas acreditaram nele?

Fácil, ele também acreditava. E foi após provar plantas alucinógenas (graças ao desenvolvimento da agricultura) que ele passou a ver espíritos num mundo onde basicamente só viviam macacos falantes. "Oh! Eles viam espíritos?". Pessoal, qualquer um de vocês que injetar meio quilo de ópio na garganta vai ver espírito até de formiga. E era assim que as drogas acompanhavam a religião durante toda a história - uma relação de muito afeto, carinho e... alucinação.

E tal costume só mudava por fora: os nativos da américa do sul bebiam o caldo viscoso que saltava da pele de alguns sapos ao serem apertados, o que deixava os pajés completamente doidões (espero que essa informação não altere a população de sapos viamonenses). Mas pra quem for se arriscar, lembre-se que se trata de SAPO, e não de PERERECA. Tu pode passar a noite toda lambendo uma perereca, mas quem vai ficar doidona é a perereca, e não tu. Já os índios atuais preferiram modificar um pouco a tradição: não precisamos ir longe pra saber o que significa "uma grande carreira de pajé" - eles cheiram mais que cão tarado. O efeito, basicamente, é o mesmo: todos ficam doidões, faceiros e altamente espirituosos.



Mas não foi só pra falar em drogas que postei hoje, longe de mim. É sobre cultura. Pesquisando um pouco sobre a antiguidade da Grécia, descobri que os habitantes da ilha de Creta cobravam VIRGENS como impostos dos povos subjugados por eles. Ora, era essa a famosa lenda do Minotauro, que era canibal, mas só podia comer virgens, e por isso vivia no labirinto e biriri... mas no fim, quem comia as virgens não era o Minotauro, mas os cretenses mesmo. Não só isso: degolavam elas em rituais religiosos após. Acham isso assustador?
Bem, logo ao lado, alguns séculos depois, existia uma Cidade-Estado chamada Esparta. Eles se originaram dos Dórios (aquele povo malígno que usava espadas de ferro), ou seja, eles eram muito agressivos; não só isso: eram ODIADOS pelos outros povos gregos. Sendo assim, não restava nada a não ser se preparar para a guerra. Isso acontecia desde o nascimento do bebê: os guerreiros iam na casa da mãe, pegavam o bebê pelo pé e avaliavam se seria ou não um bom guerreiro. Se achassem que não, mandavam-na tentar outra vez e levavam o guri até o matadouro, onde jogavam-no no chão e já tavacam pedra no piá. O quê? Isso parece crueldade?

Antes de prosseguir, quero que saibam (para os que não sabem) que isso é cultura, e coisas parecidas ocorrem até hoje, inclusive no Brasil! Vamos, assistam a esse vídeo se forem cuiúdos: http://www.youtube.com/watch?v=BDxdlVGjLdY&feature=related

Mas não só aqui; alguém já ouviu falar na terrível prática de abandonamento no povo esquimó? A mãe, para parir, abre um buraco no gelo; como diz a tradição, o primeiro descendente deve ser um menino. Se sair menina, ela já tampa o buraco na mesma hora com o próprio gelo afastado e segue sua vida naturalmente. Não, não acabou - eles também se desfazem das velhas! A função das veínhas é dar alimento pros bebês; para tanto, elas mastigam bem a carne de foca até virar uma papinha gosmenta, e então dão para as crianças, que não possuem dentes ainda. Quando a velha perde seu último dente, no entanto, perde também a sua função na tribo. O genro (sim, olhem que ironia) leva-a até um tronco de árvore e lá a amarra até um animal a comer. Após, eles comem o animal.

Essa coisa de velhas sempre foi questionada. Há uma tribo atual que achou uma bela função para elas: obrigam-na a andar de quatro o dia todo, para que os adolescentes tenham a iniciação sexual com elas quando bem entenderem. Não é mentira, procurem por aí. Mas não é muito diferente na civilização também. Um preconceito meu é explícito quando vejo aquele grupo de velhos em estado terminal que insistem em jogar na mega sena. PRA QUÊ?! Mas, de acordo com a constituição, somos todos iguais juridicamente; portanto longe de mim julgar um idoso depois de conviver tanto tempo com... com as pessoas.

Bom, o que me vem à cabeça quando analisamos as culturas mais extravagantes é o fato de que, embora sempre estejamos evoluindo, nunca perdemos o velho costume de imitar o mais forte, o que nos dá muita vergonha mais tarde. Ao ver "ícones" da fajuta cultura norteamericana sendo copiados por brasileiros, fico extremamente magoado com nosso espírito fraco. Pois deixo aqui meu protesto:

Vão lamber sapos, seus pajés balaqueiros!


4 comentários:

Paola disse...

vamos lamber sapos?

Anônimo disse...

mano que perereca enorme
askosakpkspao
Caraca

felipesfr disse...

cara...
perfeito...
hahahahhhhaahhah

eles podem lamber sapos, comer as velinhas... e etc.. mas o importante é que seguem a sua cultura... estranha.. mas é algo próprio dele...

a parte final de copiar os norte americanos.. achei fantástica..

to seguindo seu blog..
ta muito bom

thaysehoffmann disse...

e as véias esquimós vão na boa até a árvore pra serem devoradas? puta merda, difícil imaginar isso o.O