quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O Taxista Sério

Bem no centro da cidade, próximo ao Mercado Público, embarcamos num táxi. O motorista, pouco simpático, com feições araboterroristas, não me cumprimentou. Ao perguntar "onde?", respondemos: "Independência, por favor", e eis que ouvimos a surpresa:

- Sério?

Uns segundos de silêncio se fizeram após a clara indagação. Ainda incrédulos, replicamos:
- Hã?
Mas o absurdo foi reposto pelo taxista:
- É sério?

Alerto-vos: esta é uma daquelas horas em que o ser humano mais sábio não sabe direito como agir. O que é que poderíamos tê-lo dito? Tudo; e cada opção poderia gerar uma reação diferente, como já dizia o velho "Tio Nilton". Exemplifiquemos:
- Não, não, to brincando. Me leva pra zona sul. --> taxista puxa uma faquinha nos assassina.
- Eu tenho cara de palhaço, mermão? --> taxista diz que sim, puxa um canivete e nos assassina.
- Não, não é sério - dançando com a cabeça -, o jovem no Brasil não quer levar a sério! --> taxista dança junto, puxa um baseado e ruma para a Restinga.
- Não... agora fica "gel" e me passa tudo que é um assalto. --> taxista puxa um revólver e nos assassina.
- PEGADINHA DO MALANDRO! --> taxista não ri, puxa um canivete e nos fura, sem matar.
- Sim, por que não seria?


Esta última foi dita pelo Pablo. De tantas opções, ele escolheu a mais amena. O taxista só resmungou, muito contrariado: "bah, Independência essa hora, tá louco...".


O frio falou mais alto e acabamos por não trocar de táxi. Foi quando passamos a imaginar as respostas acima com suas devidas consequências.