Aos leitores normais, peço que pulem este post, já que eu mesmo o teria feito. Só que num ímpeto inspirante, pus-me a compor um poema concreto e, sem querer, saiu-me um soneto de brinde. Tudo isso na viagem de vinda, hoje, às 7h da manhã. No lugar de postar duas vezes - aumentando-vos a tortura - agrupei-os em um post somente, para que logo estejam esquecidos no meio da minha rotineira mania de contar-lhes cada passo e tropeço que dou. Eis-los, pois.
Adepto ao Concretismo II
Lucas Di Marco
O Próximo rei do Casaquistão
Promete alegria à Casa que estão
A próxima casa que
Promete uma cazaque
Próxima cazac e
Proxi cazac
Prozac
Soneto do Conselho
Lucas Di Marco
Em breve partirei, não há escolha
Coberto de razão e sem orgulho,
Em um mês vindouro, talvez julho,
A rezar impressões em uma folha.
Posto tal soneto - à mão composto -
Sem mais interesse em utopias,
Já que me bastava se me lias
E não me bastava o próprio gosto.
Pois, busca nas letras alcançar
Delírios que o remédio já curou
Naqueles que entregaram a própria sorte;
Reflete, e se o desejo é matar,
Mata, dorme, goza e ri - acabou:
Essa vida só nos leva à morte.
8 comentários:
Poemas às 7h?!?!? Não sei se teria tanta criatividade e inspiração assim! Na verdade, sei sim, não teria de forma alguma!
eu sou uma leitora normal =P
Höhyih, Lucas!
Çsihntho säullhdhaddësx.
Gostei. Se tu tivesse nascido em 1800, seria hoje leitura obrigatória.
Poeta!
Poeta!
Poeta!
Sabia que por trás desse cronista
Havia um poeta entre-linhas
Quem tem esse talento para a prosa
Acaba convertento em poesia.
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