sábado, 28 de novembro de 2009

Alemão em: O Cumprimento Errante

Sexta fui obrigado a buscar minha irmã numa festa às 3h da manhã. Para tanto, estudei até as 23h, tomei um banho e fui para a casa de meu amigo Paulo, onde já esperava-me ele e Alemão, que estava lá exatamente pelo mesmo motivo. Assim, ficamos lá, os três, sentados em uma salinha esperando a morte chegar.

Eu já estava arrependido de ter me movido tanto para tão pouco, quando resolvemos sair para a rua (Paulo mora em um condomínio), entrando no carro o qual eu havia estacionado em frente à casa de Paulo, a uns 20m da porta de entrada. Entramos no carro e ficamos conversando sobre a vida, inclusive questionando a falta de nosso amigo Rafael, que mora a algumas casas dali, no mesmo condomínio (podíamos ver sua casa vazia).

Por volta da 1h da manhã, vimos um carro preto entrando no condomínio, passando por nós e estacionando na casa do Rafael. Discutimos se era o carro dele, e Alemão nos deu certeza, aos berros: "É o carro dele sim!". No entanto, sabíamos, eu e Paulo, que o próprio Rafael estava em Porto Alegre: deveria ser um de seus pais. Logo, vimos ao longe sua mãe descer do carro, no escuro, e fechá-lo, ao passo que saímos todos do carro, mas sem motivo aparente (voltaríamos para a casa do Paulo). A mãe de Rafael nos reconheceu e, assim que nos viu, ao longe e no escuro, enquanto fechava o carro, nos deu um "oi" falado. Eu abanei, Paulo também e...



...e o Alemão, por algum motivo que me deixou bem envergonhado, levantou os dois braços em uma reverência parabólica, soltando um grunhido semelhante a "UHHHH!", vocálico e crescente, para a mãe de Rafael, que, naturalmente, procurou ignorar. Não entendendo, resolvemos avançar em direção à porta de Paulo e entrar, mas Alemão, não satisfeito com seu grunhido, deu um berro extremamente instigante: "A GENTE TAVA TE ESPERANDO!!"; foi então que percebi que Alemão (devido à sua visão decadente) pensou que a mulher era o Rafael, nosso amigo aguardado que, conforme o sabido, estava a muitos quilômetros de lá. A vergonha foi geral, mas a mãe do Rafa não entendeu, e acabou respondendo "O quê??", ao passo que Alemão finalmente compreendeu e resmungou "nada..." de cabeça baixa e voltando à casa com muita vergonha. Paulo e eu não conseguimos conter as risadas no pequeníssimo trajeto até a porta de entrada, e, ao voltarmos à salinha silenciosa, nossa barriga doeu por 20 minutos, em consonância com o tamanho de nossa gargalhada.

3 comentários:

Jonas Kloeckner disse...

O que posso dizer; sou o rei das cagagas, o principe dos deslizes sociais, o mago da bobagem, o artista da asneira. Porém, desta vez, devo tudo a minha eficiente visão.
Um salve pra Valéria!

Marcelo disse...

só isso deve te feito vale a noite toda! fico imaginando a cena aqui e rindo

Anônimo disse...

Cara, isso foi bom demais. hsahasuas