segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O Que Realmente Ocorreu

...na manhã de 21 de outubro de 2010 - semana passada, mesmo.
Conversando com os amigos do mestre Alberto Pastelina ontem à noite, um deles me contou com detalhes o que ocorrera na Suécia com o jovem brasileiro acusado de múltiplos assassinatos aleatórios.
O tal é filho de um amigo desses senhores, o que tornou o assunto um verdadeiro tabu. Foram cautelosos tanto na hora de contar-me, quanto na hora de servir o whiskey. Ora, quanta frescura. (Espero que eles não leiam isso).
O fato é que, segundo eles, o rapaz teria feito contato telefônico com o seu pai antes de ser localizado em uma das maiores metrópoles suecas, no meio daquele dia. Explicou tudo que tinha acontecido e pediu perdão por ser diferente. Segue a seguir, dando seguimento à sequência do texto, o que vos apresentarei abaixo. Caso sejas sensível, moralista ou composto de cera, não leias.

Conforme relatou o pai do maníaco aos amigos, o jovem tinha tendências suicidas antes mesmo de sair do Brasil. Após algumas terapias fracassadas, decidiu-se que o melhor seria viajar. Primeiramente, passou dois meses na França, mais três na Alemanha e, só então, mudou-se para a Suécia, mais especificamente para Gotemburgo. Lá, fixou-se na casa de um estudante dinamarquês, tendo ambos estudado em Chalmers.
Semanalmente, comunicava-se com o pai através de e-mails e, raramente, de alguns telefonemas. Nestes últimos e-mails, que circulam ilegalmente pela rede, pôde-se notar que seu grau de depressão estava acentuado. Dizia que a Suécia era gélida em inúmeros sentidos, tendo-a comparado diversas vezes o inverno com o "inferno". Não se sociabilizava muito, segundo o penúltimo email, e basicamente tinha por amigo o colega de quarto (o da foto, tirada no início do ano pelo próprio colega brasileiro nas redondezas do lago Delsjon). O sujeito era adepto do black metal, corrente de rock pesado com tendências obscuras e por vezes agressivas.

Após ter influenciado o brasileiro, que já sofria de distúrbios emocionais, ambos planejaram um homicídio mútuo, ritual no qual um mataria o outro ao mesmo tempo. Deixaram a idéia em pauta por meses.
Até que, há algumas semanas, foi retomada a idéia e marcada uma data. O último e-mail mandado pelo jovem ao pai teria os seguintes dizeres: "sei que você não se orgulha de mim hoje, mas talvez se orgulhe amanhã", o que não fora compreendido pelo progenitor.
Na noite de quarta-feira, dia 20, o jovem dinamarquês adquiriu duas armas idênticas, modelo Carl Gustav m3, as quais seriam usadas no ritual. Aguardaram o pôr-do-sol daquele mesmo dia e, conforme combinado, subiram até o sótão e sentaram frente-a-frente no chão, com as armas apontadas um para o outro. O plano era contarem até cinco e atirarem ao mesmo tempo, um contra a cabeça do outro. Porém, não foi o que aconteceu.
Receoso, o brasileiro contou ter disparado assim que o número um foi contado. Após matar o amigo, tendo permanecido vivo, passou horas por volta do corpo sem saber o que fazer. Após, assistiu um programa na televisão, pelo canal sueco TV4. Apesar de não ter referido qual programa era, sabe-se que envolvia conceitos bélicos e "injustos", conforme declarou o rapaz por telefonema. Como às 23h não havia ainda decidido o que fazer, resolveu sair às ruas com a roupa do corpo - e com a arma. Aguardou em frente à igreja Tyska Kyrkan, fundada por alemães, até que o sol nascesse. Feito isso, atravessou a praça Gustav Adolfs Torg (o centro político e administrativo da cidade) e chegou a uma escola secundária, Arbetarrörelsens Folkhögskola, tendo invadido o local às 10h da manhã de quinta-feira, dia 21, horário local.

Diz-se que, logo ao entrar, atirou sem piedade em cinco crianças que corriam em sua frente. Uma delas, tendo permanecido viva, procurou socorro na sala da coordenação geral, aonde chegou o jovem brasileiro logo após, terminando o serviço com a criança e com três funcionários do local. O caos correu solto a partir de então, e todos que puderam correram para fora da escola. Infelizmente, não tiveram a mesma sorte uma turma isolada que assistia a uma aula especial no fundo de um corredor do quarto andar. Chegando no local, que só possui uma porta, o brasileiro agiu com requintes de crueldade ao mandar um jovem estudante escolher qual entre três colegas deveria morrer. Não sendo capaz de escolher, o rapaz matou os três, e mandou o mesmo jovem escolher entre mais três. Mais uma vez não fora capaz de escolher, e a chacina se repetiu. Na terceira vez, o jovem escolheu uma menina do trio proposto pelo maníaco, que matou os outros dois, tento poupado a vida da menina. Após esse fato, dois alunos se atiraram da janela, tendo morrido pelo impacto com o chão. Os doze jovens restantes e a mestre foram torturados emocionalmente por mais de trinta minutos, quando a polícia conseguiu contato com o criminoso. Convencido de que iria para a cadeia, o jovem chegou a atirar contra um policial, que se feriu gravemente no rosto. Ainda chegou a atirar contra dois alunos e contra a professora, que estão internados em estado grave no hospital Östra sjukhuset. Com a última bala, suicidou-se em frente os jovens restantes.

Fatos como este são muito comuns nos países desenvolvidos e cada vez mais frequentes em metrópoles europeias e americanas. No entanto, registrou-se pela primeira vez uma chacina psicopática cometida por um brasileiro no continente.

Sinal de que estamos evoluindo.

2 comentários:

Diogo disse...

Bela conclusão.

Liliane disse...

Quanto sangue! Até parecem os relatos em sala de audiência...