sábado, 12 de junho de 2010

Um Dia Para Não Esquecer

Eu sei, eu sei. Ando totalmente vagabundo e ausente. Amigos sem notícia, postagens tardias...

O fato é que ando meio envolvido em algumas situações mirabolantes, nas quais jamais me vi outrora. Nova fase da Super Ego, gravações, amigos no exterior com sérios problemas de saúde e um efêmero e explosivo relacionamento com uma jovem misteriosa, além de uma proximidade muito intensa minha queridíssima amiga Liliane, parceira de crimes Viamão à fora. (A frase anterior foi uma metáfora).

Não obstante, tentava eu adiar a postagem para um dia "especial". E ele nunca vinha, ou ao menos não vencia minha preguiça. Porém, o dia de ontem (sexta-feira) foi um daqueles dos quais jamais nos esquecemos. Depois de tantas semanas sem postar frequentemente, já não domino mais as técnicas de exagero, mas nenhum exagero no mundo poderia ser capaz de sintetizar a minha véspera do dia dos namorados. E isso não foi um exagero.

Tudo começou logo pela manhã, quando notei que não havia mais fluoxetina. Passei o dia inteiro sem tomá-la, e os efeitos da abstinência começaram logo cedo. Acordei com um sujeito invadindo meu quarto: era o gesseiro. O cara veio arrumar um pedaço do teto do meu quarto que me incomodava. Almocei qualquer coisa e fui rumo às aulas de galego arcaico. No caminho, liga-me meu tio, lembrando-me acerca de uma canção que o safado criou para conquistar uma tal. Ele não só queria que eu musicasse sua letra, como desejava-me para gravá-la ainda naquele dia. Virei-me em cinco para gravar a bendita música, cujo estilo era... (ai) Sertanejo Universitário. Tudo pela família.

Após alguns estresses inevitáveis na volta, acabei tendo pouquíssimo tempo de respirar: logo minha amiga e talentosa produtora Liliane viera apoiar-me até mesmo nessas horas de profissionalismo infeliz. Gravamos a tal música melosa em pouco mais de uma hora, alternando-me entre vocal, violão, piano, strings e por pouco não arrisquei uma percussão improvisada, conquanto preocupasse-me o tempo. A tontura aumentava e a sensação de stress me tomava por inteiro, apesar das risadas durante a gravação. A velha maldição química.

Após o ensaio, pelas 21h, sofri um baque tremendo com um assunto sigiloso, um daqueles segredos de Estado dos quais não podemos versar. O fato é que meu coração quase parou de bater, de tanto que bateu. Meus olhos cresceram de pavor, e só não se encheram de lágrimas devido ao meu sistema parassimpático muito aguçado, e algumas doses de prozac que ainda circulavam no meu sangue dos dias anteriores. Mas o que a face escode, o coração não suporta; e tudo viria a estourar mais tarde, porém... vamos lá, não é hora de deixá-los curiosos.

Jantamos, eu e minha simpaticíssima produtora, algumas pizzas bem preparadas próximo ao estúdio.

Por volta da meia-noite, voltava eu a 40km/h, montado numa Tucson gigantesca (praticamente) pela primeira vez, sozinho, nas estradas de chão do Fiúza. Por armadilhas do acaso, perdi o controle em meio ao saibro alto e...

e o carro capotou.

10 comentários:

Marcelo disse...

Faço as palavras do sábio alemão as minhas: Sério?

Liliane disse...

Estou tão feliz que estejas bem que o carro é o que menos importa!
Tudo, TUDO irá dar certo.

Marcos disse...

Complicado...ao menos tu nao se machucou né , poderia ter sido pior.

Diogo disse...

Não acredito nisso... Puta merda.

Diane disse...

Tu é muito azarado para o meu gosto. Como acima, não acredito nisso. Ainda acho que é muita coisa para o mesmo dia.

Mas, como me disseste que é verdade: sinto muito e espero que esteja tudo bem contigo.

Escreva mais! :]

David disse...

puta merda fera?sério isso?ate contando algo foda assim tu escreve de uma forma incrível...

Lucia Mendes disse...

Loucura, loucura, loucura... mas para não te deixar sozinho nessa, se te consola, aquele final de semana foi "punk" para todos que conheço. Saudades, guri! Quando soube do carro, e soube também que não tinha sido a dona que o bateu, pensei na hora em ti...Porque será? rsrsrsrsr Beijão

Anônimo disse...

Então tão botando em prática aquela história de fraudar a seguradora?

Costa disse...

tá loco, quase vira guisado.

Jonas Kloeckner disse...

Fraudar a seguradora haushausuahsuh
Que bom que estás bem lucas!